Homenagem marca semana da consciência negra
A Câmara Municipal de Matão promoveu na sexta-feira (21), a sessão solene de homenagem e reflexão da Semana da Consciência Negra com a outorga do troféu ‘Padre Batista’, às senhoras Daniela Fernanda Alves Favaro, Eugenia Ribeiro da Costa e aos senhores Elias Aparecido de Brito, João Damaceno e Roque Ventura de Freitas, representantes afrodescendentes que contribuem na luta pela igualdade racial por meio de suas atividades profissionais e envolvimento comunitário.
Presidida pelo vereador Agnaldo Navarro, a mesa diretora contou com as presenças: do Senhor José Francisco Dumont, Prefeito do nosso município; João Bento (Cucão), membro do Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra; Adilço Ferreira da Silva, Presidente do Conselho Municipal de Participação e Integração da Comunidade Negra de Matão (COMUCON); da ex-vereadora Maria José Granato Mancini, autora da propositura que institui a homenagem desta solenidade, além dos vereadores Aparecido do Carmo de Souza (Cidinho), Carla Kamel, José Amarante e Dr. Luiz José Cerqueira.
O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral. A data é celebrada em 20 de novembro por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
A solenidade atende a Lei 2802/1999, de autoria da vereadora Maria José Granata Mancini (Legislatura 1997-2000), alterada pela Lei 3805/2006, de autoria do vereador Aparecido do Carmo de Souza (Cidinho). A Câmara realiza esta homenagem desde o ano de 1999 e em 2006, Cidinho instituiu o ‘Troféu Padre Batista’, um matonense que se destacou na luta contra a discriminação ao afrodescendente.
Padre Batista nasceu na fazenda Matãozinho próximo ao Bairro de Silvânia e seguiu sua vocação religiosa até sua morte aos 39 anos de idade. Já na Catedral da Sé em São Paulo tornou-se um dos principais ativistas no trabalho com crianças de rua e fundador do Instituto do Negro. Atualmente, o Instituto dedica-se à educação do afro-brasileiro, à luta contra a discriminação e a exclusão com o trabalho de voluntários e profissionais de diversas áreas em projetos de caráter sócio-econômico, realizando eventos, cursos e palestras, presta assessoria psicológica e jurídica à população mais carente e às vitimas da discriminação racial.